Há muito tempo vêm se intensificando os antagonismos entre China e EUA, principalmente na área comercial, o que tem gerado apreensões em todo o mundo.
Devido a essa disputa, a China vem empreendendo esforços prioritários para integrar-se aos países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), com o objetivo de estabelecer uma cadeia de abastecimento centrada no país.
A novidade geopolítica foi a pouco enaltecida declaração final do G20, na qual, buscando blindar o mundo contra o protecionismo prometido pelo então presidente eleito dos EUA, Donald Trump, os países desse grupo das maiores economias do mundo se comprometeram a “garantir um sistema multilateral de comércio baseado em regras, não discriminatório, justo, aberto, inclusivo, equitativo, sustentável e transparente, com a OMC em seu centro”, ou seja, sem barreiras comerciais.
Essa posição pode mudar o jogo, e os olhos chineses voltam-se para a América Latina, onde se verifica estagnação dos EUA e expansão da China.
Cabe, portanto, aos países latino-americanos equilibrar as relações com essas duas potências e transformar a rivalidade sino-americana em oportunidades para fortalecer sua posição global.
Entretanto, não resta dúvida de que o equilíbrio na articulação entre China e EUA é complexo, exige prudência, menos ideologia e muito mais pragmatismo.