Cunha Couto

Gestor de Crises

Teoria dos Dominós

xr:d:DAGBk7yel_I:5,j:1497870822155987313,t:24040519

Certamente você já ouviu falar dessa teoria, mas sabia que ela nasceu de uma crise geopolítica?

O efeito dominó é melhor ilustrado quando pensamos em uma fileira de dominós colocados em sequência e essa fileira é alterada ou derrubada inteira ao transmitir um impulso a um dos dominós da linha.

Em 7 de abril de 1954, portanto, há 70 anos, o Presidente Dwight D. Eisenhower, em coletiva de imprensa sobre o comunismo na Indochina, descreveu a “teoria dos dominós”, explicando que se um país em determinada região caísse sob influência do comunismo, então outros países no seu entorno também ficariam sob influência comunista.

Com isso, Eisenhower usou essa teoria para explicar por que a intervenção americana na Ásia foi crucial, evitando a expansão da chamada “cortina de ferro”, de controle comunista.

A partir daí, vários outros presidentes, que sucederam Eisenhower durante as décadas de 1950 e 1960, utilizaram essa teoria para justificar a necessidade de intervenção norte-americana nas mais diversas partes do mundo, pois as nações nas fronteiras das nações comunistas poderiam ser consideradas ameaçadas, potencialmente caindo como dominós sob influência comunista e criando uma situação na qual o comunismo se espalharia rapidamente por uma região ou até por um continente inteiro.

Na década de 1980, essa teoria foi revivida para justificar a intervenção americana no exterior. Analistas políticos entendem que foi o efeito dominó que Reagan usou, nos bastidores, para apoiar a influência política e mesmo a invasão de vários países sul-americanos por tropas norte-americanas.

Já no Governo Bush, argumentando a necessidade de medidas para prevenir a propagação, agora, do terrorismo internacional, foi usada a teoria dos dominós para justificar a invasão americana ao Iraque, em 2003.

Para refletir: algo equivalente à “teoria dos dominós” não parece ser a visão russa sobre o avanço da OTAN na Europa Oriental?

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *