Cunha Couto

Gestor de Crises

Crises de Síndrome Respiratória Aguda

CCBlog 151

No dia 5 de maio de 2023, a OMS anunciou que o Sars-CoV-2 não representava mais uma ameaça sanitária internacional. 

Na época, escrevemos que isso representava apenas o ponto final da emergência global, pois, como ocorreu com a Aids, a Covid-19 continuaria sendo uma ameaça à saúde mundial. É o que chamamos de pós-crise.

Nesse sentido, para lembrar os quatro anos da declaração, em 2020, de pandemia da Covid-19 pela OMS, a Ministra da Saúde – Nísia Trindade, realizou evento, em 11 de março, no qual citou que a doença ainda é um problema de saúde pública no Brasil e, por isso, estava sendo criado o Memorial da Pandemia da Covid-19.

Achei interessante essa política de memória, pois cria um local para as pessoas encontrarem conforto e interagirem na busca de superar suas perdas, que foram muitas (mais de seis milhões de vidas no mundo, sendo 710.000 brasileiras).

Vejo como importante que nesse memorial constem homenagens a muitos e muitos heróis que nunca foram nominados pela História, ou seja, devemos render homenagens aos heroísmos anônimos do dia a dia dos que estiveram e estão na linha de frente do combate à Covid: médicos; enfermeiros; biólogos; cientistas; socorristas; motoristas e entregadores de aplicativos, entre tantos.

E 2024 já nos preocupa, pois, segundo dados do Ministério da Saúde, até 2 de março, foram notificados 381.446 casos e 1.789 óbitos pela Covid-19. Temos, claro, que nos preparar melhor para detectar e atenuar os impactos das futuras pandemias, o que só será possível com coordenação, solidariedade e equidade.

Afinal, não nos resta dúvida de que a Covid-19 impactou fortemente nossas rotinas de saúde, educação e trabalho, e não devemos esquecer que são apenas algumas das muitas consequências dessa pandemia.

Portanto, neste momento pós-crise, em que estamos vivenciando o gerenciamento da Covid, assim como de outras doenças respiratórias (como a influenza), é vital compreendermos que essa volta à vida normal só é possível desde que aprimorados os sistemas de saúde para que sejam capazes de lidar com evoluções do vírus, e proporcionando acesso e atendimento universal às populações.

Por isso, nosso papel, numa pandemia, é principalmente dar sentido à vida para todos!

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