Cunha Couto

Gestor de Crises

Crescimento populacional: as projeções e as crises que se delineiam

Segundo projeção das Organizações das Nações Unidas (ONU), a Índia se tornou o país mais populoso do mundo, confirmando que a população da China vem reduzindo, mas ambos os países contam, cada um, com mais de 1,4 bilhão de habitantes.

Portanto, juntos, Índia e China somam mais de um terço dos oito bilhões que habitam a Terra.

Na sequência, completando os dez com maior número de habitantes, aparecem Estados Unidos, Indonésia, Paquistão, Nigéria, Brasil, Bangladesh,  Rússia e México.

Isso é bom ou ruim?

Na China, o declínio da população se deveu a décadas de leis para controle da taxa de natalidade, como a do filho único. Só que, hoje, o problema é o envelhecimento da população e suas implicações econômicas.

Na Índia, esse crescimento populacional coincide com um maior protagonismo do país no cenário global e um crescimento econômico considerado bem-sucedido (é a 5ª economia do mundo), em boa parte graças a uma abundante e barata mão de obra.

Em ambos os casos, há grandes desafios para administrar enormes populações e supri-las. Não por acaso, China e Índia já estão ocupando os países africanos com suas empresas e seus investimentos.

Por outro lado, olhando o crescimento populacional global, como um todo, e, mesmo pequenas, as taxas de crescimento econômico, isso significará mais consumidores de recursos naturais, com elevação de consumo per capta devido à elevação de poder aquisitivo.

Esta elevação, por sua vez, leva a menores taxas de mortalidade, o que faz aumentar taxas de crescimento populacional, em realimentação positiva.

O preocupante é que esses maiores contingentes populacionais consumirão cada vez mais recursos naturais e energéticos. Como nos será possível tornar esse processo sustentável?

Pior, a escassez sempre gera conflitos, trazendo instabilidade global.

Para o nosso subcontinente, analistas não descartam um processo migratório relevante da Ásia e da África para a América do Sul, ainda na segunda metade do século XXI.

E o Brasil, muito provavelmente, será um dos principais receptadores de imigrantes, só que dessa vez não virão da Europa ou do Japão, como foi nossa História até aqui.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *