Após novas sanções impostas pelo Ocidente, que se somam às outras quatorze antes em vigor, eis que EUA e União Europeia suspenderam as compras de combustíveis fósseis à Rússia, como forma de forçar Vladimir Putin a recuar de sua invasão à Ucrânia.
Mas isso parece estar longe de se tornar possível.
Por que essa nova sanção não surtiu efeito?
Porque China e Índia se apresentaram para comprar o petróleo russo que seria exportado para esses países ocidentais.
E, paradoxalmente, relatórios mostram que a Rússia está lucrando ainda mais pela exportação de sua energia para a Ásia e sua moeda está mais valorizada em relação ao dólar.
Pior, esse boicote fez com que, ao cortar o recebimento do petróleo russo, os EUA e os países europeus vissem os preços da gasolina e do diesel subirem a tal ponto que representam uma ameaça aos seus governos.
Pode ser que, no longo prazo, essa sanção venha a prejudicar outros setores da economia russa, mas, efetivamente, a estratégia de sanções, pelo menos no curto prazo, parece não estar dando resultado.
Como reage a OTAN?
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) agora tem que se preocupar com China e Índia, além da Rússia.
A OTAN diz que não vê a China como um adversário, mas está preocupada com os laços cada vez mais estreitos de Pequim com Moscou desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, admitiu o secretário-geral da entidade, Jens Stoltenberg.
Em reunião no último 28 de junho, foi apresentado pelos países membros da aliança um novo Plano Estratégico que define os valores, objetivos e as funções da OTAN para a próxima década, uma vez que a versão até aqui em vigor foi redigida em 2010 e, portanto, as diretrizes precisam ser atualizadas tendo em vista o novo cenário mundial.
O item 45 desse novo documento deixa claro que a OTAN não parará o processo de expansão…