Cunha Couto

Gestor de Crises

8 de março: a crise e a justa homenagem

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Nessa data comemora-se o Dia Internacional da Mulher oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, ano em que a ONU intitulou de Ano Internacional da Mulher para lembrar suas conquistas políticas e sociais, frisando a importância da mulher na sociedade e a história da luta pelos seus direitos.

É comemorado mundialmente no dia 8 de março, porque em 1917 milhares de mulheres se reuniram, reivindicando melhores condições de trabalho e de vida, no protesto na Rússia que ficou conhecido como “Pão e Paz”, porque as manifestantes também lutaram contra as dificuldades decorrentes da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

No Brasil, é comum relacioná-la ao incêndio ocorrido em Nova York, em outra data (25 de março de 1911), na Triangle Shirtwaist Company, que matou 146 trabalhadores — 125 mulheres (na maioria, judias) e 21 homens — e trouxe à tona as más condições enfrentadas por mulheres na Revolução Industrial.

Em 1908 já houvera uma greve das mulheres que trabalhavam nessa fábrica, por melhores condições de trabalho, diminuição da carga horária, e aumento de salários. Naquela época, como até hoje, os homens recebiam muito mais do que as mulheres.

Portanto, o 8 de março não é apenas uma data de homenagens às mulheres, pois tem raízes históricas mais profundas, com causas sociais para a crise, e serve para recordar sobre o estado insalubre de trabalho a que as mulheres estavam sujeitas.

Restam, ainda, muitas dívidas para com as mulheres, com divisões de gênero socialmente construídas num mundo ainda dominado pelos homens.

Portanto, a data é lembrada, com justiça, como um dia para a reivindicação de igualdade de gênero e manifestações ao redor do mundo — aproximando-a de sua origem na luta de mulheres que trabalhavam em fábricas.

Curiosidades sobre datas relativas à mulher

5 de setembro é comemorado o “Dia Internacional da Mulher Indígena”, instituído em 1983. A data é uma homenagem à mulher quéchua Bartolina Sisa, esquartejada durante a rebelião anticolonial de TúpacKatari, no Alto Peru (atual Bolívia).

25 de novembro é comemorado o “Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher”, instituído em 1981, no “Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe”, e oficialmente adotado pela ONU em 1999. A data marca o assassinato das revolucionárias dominicanas “Irmãs Mirabal”.

25 de julho é comemorado o “Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra”. A data, instituída em 2014, é uma homenagem à líder quilombola que viveu no Brasil no século XVIII.

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