Foi notícia que as Forças Armadas Bolivarianas (FANB) não descartam uma ação armada no território do Essequibo em uma operação com falsa justificativa de um ataque de supostas forças guianenses contra militares e civis venezuelanos. A operação estaria sendo organizada por mercenários do Grupo Wagner, utilizando doutrina russa de operações, desestabilizando a região.
O interesse venezuelano por aquela área deve-se às plataformas de petróleo no mar, que contribuem diretamente para o aumento significativo do PIB guianense.
É conhecida essa estratégia de governantes que buscam mudar o foco de crises internas, como as que vêm ocorrendo após as eleições na Venezuela, para uma crise externa ao país, ao que o Essequibo, antiga contestação, serviria muito a Maduro.
Na visão de alguns militares, uma ação armada venezuelana seria realizada em duas frentes: uma operação ribeirinha (da foz subindo o rio Essequibo) conduzida por fuzileiros navais e outra convencional que cruzaria parte do território brasileiro.
Segundo analistas, há várias questões: isso seria viável? Qual seria o motivo para a Venezuela invadir o Brasil e arcar com as consequências desse ato? Eles invadiriam e ocupariam parte de Roraima para poder acessar o Essequibo pela via mais distante e depender, depois, de uma única rodovia para suprir suas forças?
É fato que uma fronteira pode ser violada, mas caberá à Defesa ter as capacidades de dissuasão ou, não conseguindo dissuadir, de assegurar uma resposta efetiva. Nesse sentido, o Brasil tem na fronteira venezuelana quatro Batalhões Especiais de Fronteira: Pacaraima, Bonfim, Normandia e Uiramutã.
Para outros analistas, esse tema tende a ficar em segundo plano para Maduro, uma vez que está consolidando sua “vitória eleitoral”, da qual sairá muito desgastado internacionalmente, tornando-se, portanto, muito mais arriscado tentar qualquer ação militar no Essequibo.
De qualquer forma, são conjecturas racionais, que talvez não seja o caso…