A crise na Ucrânia tem servido de palco para exibição de novos armamentos, testados em ambiente de guerra, e que estarão no novo mercado de armas, no pós-guerra.
Nesse sentido, os Estados Unidos devem fornecer à Ucrânia US$ 1 bilhão em munições e sistemas de armas – o maior pacote de ajuda letal fornecido ao país desde a invasão russa em fevereiro.
Apesar das duras sanções, o fornecimento de peças de computadores ocidentais continua a alimentar armas russas implantadas na Ucrânia, de acordo com um relatório do Royal United Services Institute e da Reuters.
Para não ficar de fora dessa competição no mercado, a China enviará tropas à Rússia para participar em exercícios militares conjuntos com o objetivo de “melhorar o nível de colaboração estratégica”, informou o ministério da Defesa do país asiático.
Pequim e Moscou mantêm vínculos na área de defesa e o governo chinês afirmou que deseja levar as relações bilaterais a “um nível mais elevado”, mesmo quando a Rússia enfrenta sanções ocidentais pela guerra na Ucrânia.
Guerra agrava crise alimentar na África
Um dos reflexos da crise na Ucrânia é a insegurança alimentar de milhões de habitantes na África. A guerra afetou as exportações de milho e de trigo e um desastre humanitário se desenrola na África Oriental, que está, ainda por cima, enfrentando sua pior seca em quatro décadas. A insegurança alimentar atinge mais de 80 milhões de pessoas do Mali à Somália.
A mitigação dos efeitos dessa crise na Europa Oriental passa pelo pacto, mediado pelas Nações Unidas e pela Turquia, para desbloquear três portos da Ucrânia, o que já permitiu criar um canal seguro de transporte para a exportação de grãos ucranianos, após meses de bloqueio russo.
Energia nuclear: a ameaça e a oportunidade
Estima-se que uma possível guerra nuclear, caso seja concretizada a ameaça de se usar artefatos táticos nucleares na Ucrânia, resultaria em matar 5 bilhões de pessoas pela fome.
Sim, mais de cinco bilhões de pessoas morreriam de fome se houvesse uma guerra nuclear entre os EUA e seus aliados e a Rússia, segundo um novo estudo.
Por outro lado, o plano da Alemanha de eliminar gradualmente toda a energia nuclear até o final de 2022, instigado após o desastre de Fukushima em 2011 no Japão, está sob pressão devido à redução do fornecimento de gás da Rússia. As usinas nucleares parecem ser a solução energética, nesse quadro.
Regiões buscam sua independência
A administração russa ocupante em Kherson Oblast planeja realizar um referendo, em 11 de setembro, sobre a anexação russa, com referendos separados para as regiões de Donetsk, Luhansk e Zaporizhya.