Cunha Couto

Gestor de Crises

Terremotos: crises naturais que colocam em xeque os governantes

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Em 12 de janeiro sempre será recordado que, no ano de 2010, às 16h53min10, a cidade de Porto Príncipe foi atingida por um terremoto de magnitude 7,0 na escala Richter, com a morte de 230 mil pessoas.

Em 27 de fevereiro, ou seja, pouco mais de um mês depois da tragédia no Haiti, um terremoto, ainda maior na escala Richter (que é exponencial), atingiu o Chile, em situação totalmente diferente daquela no Haiti: os mortos somaram cerca de quinhentos, o que bem refletia a experiência acumulada, com foco na prevenção, especialmente em relação às construções nas cidades e nas medidas de evacuação.

Ambos são países que convivem com o movimento de placas tectônicas, mas que se preparam para as crises decorrentes desses movimentos de forma diferente.

Essas catástrofes bem servem para nos demonstrar que há situações em que o aparato de emergência e de defesa civil de um Estado não é suficiente, frente às dimensões das consequências do terremoto, como também de enchente ou de seca.

E há, sempre, impacto político para o governante.

A Turquia também está sobre uma zona sísmica, e, no dia 6 de janeiro de 2023, dois tremores de magnitude 7,8 sacudiram o país em sua fronteira com a Síria. Estradas, aeroportos e edifícios ruíram e gasodutos explodiram. O número de mortos já chega a mais de 40.000.

A decisão acertada foi pedir ajuda internacional.

Desmoronamentos evitáveis?

As construtoras poderiam ter usado materiais mais apropriados para resistir a terremotos e assim vidas serem salvas?

Não caberia aos governos impor normas de segurança e ter estratégias de respostas a essas crises?

Esses desastres naturais continuarão prováveis, e as populações desses países têm o direito de serem salvas, evitando mortes em massa.

As omissões exigem responsabilizações.

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