Cunha Couto

Gestor de Crises

Refugiados: quando a vida é insustentável

CCBlog183

É grande o número oficial de migrantes mortos em 2023: 8.565! Parece algo distante de nossa realidade, mas o macabro barco no Pará, com dezenas de migrantes mortos, vindo da Mauritânia, nos trouxe ao mundo real de pessoas que arriscam suas vidas, abandonando seus países por condições mínimas de sobrevivência, devido a conflitos, perseguições, fome, opressão de regimes, etc.

Agora, estudos escancaram uma nova causa para classificar refugiados: as mudanças climáticas! Afinal, dessas mudanças decorrem desastres ambientais mais intensos e frequentes, contribuindo para deslocamentos forçados em consequência de dificuldades de sobrevivência.

Como gostamos de criar nomes para classificar e subdividir situações de crises, está sendo difundido o termo “refugiado climático”, embora ainda não exista essa categoria no Direito Internacional dos Refugiados (DIR) e, portanto, não há dever legal dos Estados em acolher esses indivíduos assim classificados. Mas, sem dúvida, é uma tendência, mercê de, nos últimos anos, terem ocorrido maiores incidências de inundações, enchentes e secas, todas sem precedentes.

Nesse quadro, independentemente da classificação, que, na verdade, pouco importa para os que estão vivendo o drama da migração forçada, o que vem ocorrendo é o crescimento da aversão à imigração das pessoas que apenas buscam uma vida mais segura, com os países criando, cada vez mais, endurecimento em suas leis de imigração. É incrível a intolerância com os imigrantes!

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *