A exemplo do que já fez com a taxação do carbono, o Parlamento Europeu ampliou o escopo de programa que pretende barrar produtos importados provenientes de áreas desmatadas, o que confronta os novos números do nosso desmatamento na Amazônia.
Os representantes dos 27 países membros da União Europeia incluíram carne de porco e de carneiro, aves, milho, carvão vegetal, papel, celulose e borracha à extensa lista publicada em 2021 (soja, carne bovina, óleo de palma, madeira, cacau e café e produtos associados, como couro ou mobiliário), que têm sua importação proibida caso sejam provenientes de áreas desmatadas após dezembro de 2019.
Se aprovadas pelo Parlamento dos países da UE, essas restrições deixarão exportadores brasileiros apreensivos com o impacto econômico das medidas, uma vez que a UE é o segundo maior recebedor das exportações brasileiras, atrás apenas da China.
Na prática, as empresas importadoras serão as responsáveis por sua cadeia de suprimentos, devendo exercer a rastreabilidade por meio de dados de fotos de satélite. As empresas exportadoras terão que provar que toda a cadeia produtiva não vem de área desmatada.
O Parlamento Europeu também votou para impor “exigências adicionais” às instituições financeiras para que seus empréstimos e investimentos não contribuam para o desmatamento.
O bloqueio do comércio de produtos de países que desmatam é uma tendência. É assim que o comércio internacional caminhará.
Além de ir contra o interesse nacional, trata-se de o quanto o Brasil perde ao manter altas as taxas de desmatamento atuais.
A fatura ia acabar chegando…