Em 12 de fevereiro de 1542, o explorador espanhol Francisco Orellana (1490-1550), vindo do Peru por via fluvial, atingiu o rio Amazonas, cuja foz no Atlântico já era conhecida desde 1500, então chamada de Rio Grande ou Mar Dulce.
Segundo o site ensinarhistoria.com.br, Orellana foi o primeiro europeu a navegar pelo rio Amazonas. Antes disso, participou, junto com Francisco Pizarro, da conquista do Peru, submetendo o Império Inca ao domínio espanhol.
Em 1541, Orellana aceitou participar de uma expedição a leste dos Andes em busca de canela e do lendário Eldorado, a terra de ouro, navegando rio abaixo a bordo do bergantim Victoria, com 57 homens armados.
Depois de meses serpenteando pela selva e enfrentando uma correnteza cada vez mais forte em pleno período de chuvas, Orellana concluiu que seria impossível retornar, conforme havia combinado com Pizarro, e decidiu continuar pelo rio. Para seguir em frente, foi construído um segundo navio, este com a ajuda dos indígenas locais.
Foi nesse trecho da viagem que o rio foi primeiramente nomeado “Río de Orellana” e, posteriormente, “Amazonas”, devido a relatos que afirmavam que a expedição teria sido atacada por uma tribo composta por indígenas com fisionomia semelhante à das mulheres, evocando as Amazonas da mitologia grega.
No entanto, documentos históricos apontam que os espanhóis simplesmente haviam lutado contra guerreiros indígenas de cabelos longos, segundo o relato de alguns historiadores. Contrariando esses documentos, as crônicas do padre Cavajal, cronista de Orellana, deixam muito claro que os indígenas que lutaram contra eles eram liderados por mulheres.
O que não deixa dúvidas é que Orellana percorreu todo o Amazonas, viajando 4.800 km em uma expedição que durou sete meses.
Um feito impressionante!