Esta é uma história impressionante, que poderia ser intitulada “I Am the Army”.
William Brydon ficou famoso por ter participado e sobrevivido a várias campanhas militares inglesas.
Em 13 de janeiro de 1842, o Dr. William Brydon (1811-1873), cirurgião-assistente do Exército Britânico da Companhia das Índias Orientais durante a Primeira Guerra Anglo-Afegã, tornou-se célebre por ser o único sobrevivente de um exército de 4.500 homens e 12.000 civis acompanhantes.
Ele foi o único membro de toda essa força militar a escapar da Batalha de Gandamak, ocorrida em janeiro de 1842, no Afeganistão, e a chegar em segurança a Jalalabad, ao final de uma longa retirada de Cabul. Outros soldados, incluindo o capitão Thomas Souter, também sobreviveram, mas foram feitos prisioneiros.
Após a derrota britânica na Batalha de Gandamak, Brydon, levemente ferido, montou em um cavalo e partiu para o leste, em direção à cidade de Jalalabad, que ainda permanecia sob controle inglês. Completamente desidratado, ele chegou às portas da cidade e foi recebido pelo governador britânico. Horrorizados com o relato de Brydon, os ingleses hesitaram por muito tempo antes de atacar novamente o Afeganistão e dar início à Segunda Guerra Anglo-Afegã, que acabaram vencendo.
Para registrar esse feito, há uma pintura de 1879 intitulada “O que restou de um exército”, uma obra a óleo de Lady Elizabeth Butler, artista conhecida por suas representações de temas militares. A pintura faz parte do acervo do Museu Tate, em Londres.
Por conseguinte, não é de hoje que o Afeganistão se tornou o túmulo de exércitos invasores.