Nos últimos anos, percebe-se que o crescimento econômico e comercial chinês vem sendo acompanhado de expansão de sua Marinha do Exército de Libertação Popular (PLA Navy ou PLAN).
Esse crescimento da PLAN se deve à busca de segurança para o crescente transporte marítimo ou à aplicação da teoria geopolítica do poder marítimo proposto por Mahan para dissuadir possíveis ameaças no seu entorno estratégico? Ou a ambos?
De qualquer forma, recordemos, todo esse crescimento se deve a Deng Xiaoping, que deu início a uma série de reformas visando modernizar as estruturas chinesas: as “4 Modernizações” – agricultura, indústria, defesa, ciência e tecnologia.
Com Xi Jinping, tudo se acelerou, com a nova rota da Seda (Beltand Road Initiative), um plano de investimento da ordem de US$ 5 trilhões englobando 65 países da Ásia Central, Oriente Médio, África e Europa.
A China é a segunda maior potência econômica mundial, com perspectivas de ultrapassar os EUA.
Construindo corredores e cadeias estruturais e, ao mesmo tempo, ampliando os mercados consumidores de produtos chineses, está demandando, é claro, segurança, especialmente a marítima.
Com esse objetivo, a PLAN constituiu seis esquadras, nucleadas em navios aeródromos(quatro deles nucleares), e navios com modernas tecnologias, além de navios logísticos e de apoio a operações anfíbias que permitirão à China projetar poder além do Mar da China e dos Oceanos Índico e Pacífico.
Hoje, segundo o Jane’s , para se ter uma ideia da comparação de poderes, a PLAN conta com 180 navios de guerra de superfície, enquanto a Marinha dos EUA com 293.
O teatro para esse possível conflito é o Indo-Pacífico.
A “operação especial” russa na Ucrânia nos mostrou que o mundo está mudando para multipolarização, especialmente com a China atraindo a Rússia e os EUA se fazendo presente nessa região com alianças militares,como OTAN e AUKUS (EUA, Austrália e Reino Unido).
Até quando toda esta situação de confronto se manterá em equilíbrio?