O Prêmio Nobel da Paz, instituído por vontade de Alfred Nobel, é concedido desde 1901 àqueles que contribuem para a fraternidade entre as nações e a promoção da paz. A escolha é feita pelo Comitê Norueguês do Nobel, nomeado pelo Parlamento da Noruega, e a cerimônia ocorre anualmente em Oslo. Ao longo de sua história, o prêmio tem sido cercado de polêmicas — reflexo, em grande medida, de sua natureza política.
Em 2025, o prêmio foi concedido à venezuelana María Corina Machado, líder da oposição ao regime de Nicolás Maduro. O comitê reconheceu, em sua trajetória, um símbolo de resistência ao autoritarismo e uma mensagem global em defesa da democracia.
Mesmo após ter sua candidatura invalidada nas eleições de 2024 e viver na clandestinidade, María Corina conseguiu unir forças políticas fragmentadas e mobilizar a sociedade civil em torno da esperança e da liberdade.
O anúncio frustrou as ambições de Donald Trump, que fazia campanha aberta pelo prêmio. Ao reconhecer a luta de uma mulher que enfrenta a repressão de um regime fechado, o Nobel da Paz deste ano reafirma seu papel como farol moral em tempos sombrios — lembrando ao mundo que a verdadeira paz não nasce da força, mas da coragem de resistir à opressão.