Declarada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) neste mês de agosto, a doença conhecida como “varíola dos macacos”, em apenas duas semanas, teve casos confirmados fora da África: um na Suécia (o paciente havia feito uma viagem pela região mais afetada pelo surto), outro na Tailândia (também um viajante europeu que passara pela África) e mais um no Paquistão.
O surto atual teve início na República Democrática do Congo, onde houve 15.600 casos e 537 mortes registradas até o momento. A doença tem sido causada por uma variante que pode ser dez vezes mais fatal do que as variantes responsáveis pela epidemia global de Sars-CoV-2, de 2022.
Diferente do que vivenciamos no início da pandemia de Covid-19, já há uma vacina para a mpox, mas com baixa produção, o que levou a OMS a solicitar que as farmacêuticas enviem suas novas fórmulas para análise para uso emergencial.
O grande problema é que sempre surgem cepas mais perigosas e contagiosas do que as identificadas anteriormente.
De fato, todos temos sido atingidos, com mais frequência, por epidemias e pandemias, mas a realidade é que elas têm sido mais cruéis para países e para camadas de populações mais pobres e despreparadas para enfrentá-las.
Tendo a concordar com Thomas Friedman, do New York Times, quando cita que “pandemias financeiras e biológicas expõem governos que não estão à altura do desafio”.
Afinal, é nessas crises que os governos são colocados em xeque!