As mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips completam um mês nesta terça-feira, 5 de julho. Ambos faziam expedição por comunidades indígenas do oeste do Amazonas quando foram assassinados a tiros.
A essas mortes somam-se outras, como:
Peter James Blake, neozelandês, o mais conhecido velejador do mundo. Assassinado em Macapá, durante viagem pelo Amazonas a serviço das Nações Unidas, em 5 de dezembro de 2001.
Dorothy Mae Stang, missionária católica, norte-americana naturalizada brasileira. Assassinada em 12 de fevereiro de 2005, no município de Anapu,no Pará.
Será possível aquilatar o dano à imagem do Brasil causado por esses homicídios?
Essas mortes ocorreram na Amazônia, reforçando a ideia de que o Governo brasileiro está ausente da região.
No horizonte, surge uma crise com grande potencial de dano à imagem brasileira no exterior.
Avalia-se que, por provocação do protecionismo ambiental europeu, o país deverá ser questionado nas próximas reuniões que irão tratar da ambição brasileira de entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Esses assassinatos contribuem ainda para o isolamento do Brasil na pauta climática, tema em que já foi protagonista.
E a perspectiva é a de que venha a ser exigido das exportações brasileiras uma certificação ambiental e de respeito aos direitos humanos dos povos indígenas.