Em 10 de março de 1831, foi fundada, pelo então rei da França, Luís Filipe, a Legião Estrangeira para ajudar no controle das colônias francesas na África, pois a força expedicionária francesa que ocupou Argel em 1830 precisava de reforços.
Portanto, a Legião Estrangeira foi usada, inicialmente, para ajudar a proteger e a expandir o império colonial francês durante o século XIX, fazendo parte do Armée d’Afrique.
No início, seus recrutas incluíam soldados dos regimentos estrangeiros suíços e alemães, recentemente dissolvidos da monarquia Bourbon. O Decreto Real para o estabelecimento do novo regimento especificava que os estrangeiros recrutados só poderiam servir fora da França.
Mais tarde, a Legião participou da Guerra Franco-Prussiana e das duas guerras mundiais. Durante a Guerra de Independência Argelina (1954-1962), a Legião Estrangeira esteve perto de ser dissolvida. Após a Guerra do Golfo, ajudou na evacuação de cidadãos franceses e estrangeiros em Ruanda, Gabão e Zaire.
Os legionários são soldados de infantaria altamente treinados, e a Legião é única por ser aberta a recrutas estrangeiros dispostos a servir nas Forças Armadas Francesas. Em 2018, os recrutas vieram de mais de 140 países. A Legião Estrangeira é conhecida como uma unidade cujo treinamento se concentra nas habilidades militares tradicionais e em seu forte espírito de corpo. Hoje, a Legião tem participado de operações de manutenção da paz da ONU e de combate ao terrorismo.
Algumas curiosidades
• A Legião é o único ramo do Exército Francês que não jura lealdade à França, mas à própria Legião Estrangeira.
• A cidadania francesa pode ser solicitada após três anos de serviço. Entretanto, qualquer soldado que for ferido durante uma batalha pela França pode solicitar a cidadania francesa, de acordo com uma disposição conhecida como Francês pelo sangue derramado.
• Desde 1831, a Legião sofreu a perda de quase 40.000 homens em serviço em diversos países.
• Nas décadas de 1960 e 1970, a Legião enviava unidades como forças de desdobramento rápido para preservar os interesses franceses em suas antigas colônias, bem como para zonas de conflito em todo o mundo.
Por último, cumpre destacar que a Legião continua atraindo voluntários brasileiros para suas fileiras.
