O investimento em armas nucleares aumentou 13% durante 2023, alcançando um valor recorde de 91 bilhões de dólares, gastos por China, França, Índia, Israel, Coreia do Norte, Paquistão, Rússia, Reino Unido e EUA. Com 51 bilhões de dólares, os EUA gastaram mais do que a soma de todos os demais países.
Os dados são da Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares (em inglês: International Campaign for the Abolition of Nuclear Weapons, ICAN), uma campanha global promovida por várias organizações não governamentais para a abolição de todas as armas nucleares por meio de um tratado internacional vinculativo — ou seja, uma convenção sobre armas nucleares.
A ICAN conta com 468 organizações parceiras em 101 países e tem por objetivo sensibilizar o público global sobre a ameaça representada por 27.000 armas nucleares que permaneceram da época da Guerra Fria.
Em artigo no O Estado de São Paulo, Jamil Chade escreve que as principais potências militares do mundo ampliaram seus investimentos em armas nucleares e, com isso, aumentaram a tensão internacional.
Apesar de o número estar caindo devido ao desarmamento de armas muito antigas, o inventário de janeiro de 2024 demonstra que há no mundo 12.121 ogivas nucleares, das quais cerca de 2.000 estão instaladas em mísseis balísticos, principalmente em estado de alerta russo e norte-americano.
Sem dúvida, é algo tenso, e o pior é que esses gastos com armas nucleares não resultam em maior segurança global, muito pelo contrário.