É comum o uso da expressão de que, numa guerra, a primeira vítima é a verdade.
Há vinte anos, em 30 de setembro de 2004, foi divulgado o relatório final do Iraq Survey Group, conhecido como Duelfer Report, sobre o suposto programa iraquiano de armas de destruição em massa, que justificou a invasão do Iraque pelas forças dos EUA e por poucos aliados, em 2003, tendo sido a primeira transmissão ao vivo de uma operação militar dessa envergadura.
O Iraq Survey Group (ISG) foi uma missão de investigação enviada pela força multinacional no Iraque para encontrar as armas de destruição em massa supostamente possuídas pelo Iraque, que foram a principal razão para a invasão ocorrida em 2003.
A ISG consistia em uma equipe internacional com 1.400 membros, organizada pelo Pentágono e pela Agência Central de Inteligência para encontrar os supostos estoques de armas de destruição em massa, incluindo agentes químicos e biológicos, e quaisquer programas de pesquisa de apoio e infraestrutura que pudessem ser usados para desenvolver armas de destruição em massa.
Seu relatório final, Comprehensive Report of the Special Advisor to the Director of Central Intelligence on Iraq WMD (comumente conhecido como Duelfer Report, em homenagem ao chefe do ISG – Charles A. Duelfer), foi submetido ao Congresso e ao presidente norte-americanos em 2004.
O relatório reconheceu que apenas pequenos estoques de armas de destruição em massa químicas foram encontrados, sendo os números inadequados para representar uma ameaça militarmente significativa.
A conclusão do relatório, portanto, foi a de que o Iraque não possuía armas de destruição em massa desde 1991.
Um caso extraordinário de guerra iniciada sem justificativa.