Cunha Couto

Gestor de Crises

Decidir nas crises

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Certamente, você já ouviu falar sobre a “solidão do comando”: em um mar com fortes ventos ou, se militar, na iminência de um combate, o comandante do navio vive um momento em que toda a sua tripulação espera que ele tome uma decisão – que rumo tomar e com que prontidão de segurança.

Isso também ocorre com um técnico de futebol: embora ouvindo as mais diversas opiniões, a estratégia a ser utilizada, em meio a tantas dúvidas, é uma decisão dele, solitária.

Portanto, decidir sozinho é uma prática que se observa em qualquer alto nível de toda instituição. No entanto, ela é ainda mais crítica quando se está diante de uma situação de crise, em que se está mergulhado em uma “nuvem de incertezas”.

Decidir em uma crise é, muitas vezes, difícil. Certo ou errado, uma decisão precisa ser tomada e é necessário se responsabilizar por ela.

Assim, depois de uma avaliação criteriosa do problema e da formulação de possíveis soluções, uma decisão deve ser tomada, e os desdobramentos dessa decisão devem ser acompanhados.

A maioria prefere decidir solitariamente, tentando afastar suas próprias emoções, mas deve estar consciente de que precisará aceitar todas as consequências dessa decisão.

Convém sublinhar o ambiente de incerteza, de risco, de “leve caos” e de perplexidade que cerca a ação de decidir numa crise. Isso porque a mais sofisticada das assessorias nunca estará em condições de prestar todo o apoio de que um decisor necessita numa crise. A capacidade humana de prever, prognosticar, prospectar, imaginar ou profetizar o futuro, com lógica, é limitada… E a realidade sempre surpreenderá!

Portanto, o mais importante para decidir numa crise, além da correta avaliação do problema, é saber que a decisão não se encerra quando se define o que será feito. Cada escolha tem seus desdobramentos, e o decisor precisará saber agir quando eles se concretizarem, sejam esses desdobramentos esperados ou não, para a devida correção e para a tomada de novas e rápidas decisões.

E, por fim, numa crise, não decidir é a pior das opções!

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