Essa curiosa competição foi mais uma demonstração do estágio da China em Inteligência Artificial.
Vinte e um robôs humanoides participaram, ao lado de milhares de corredores humanos, da meia maratona, em abril, em Pequim.
Esta foi a primeira vez que essas máquinas competiram junto com humanos.
Os robôs foram acompanhados por operadores humanos, alguns alcançando 8 km/h.
Esses robôs, fabricados por empresas chinesas, tinham diversos formatos e tamanhos, desde menos de 1,20 m de altura a 1,80 m. Uma das empresas afirmou que seu robô se parecia muito com um ser humano, com traços femininos e capaz de piscar e sorrir.
Segundo as reportagens, alguns dos robôs usavam tênis de corrida; um deles apareceu com luvas de boxe, e outro com uma faixa vermelha na cabeça com os dizeres “destinado a vencer” em chinês.
Apenas quatro dos 21 corredores robóticos completaram a meia maratona, e o mais bem classificado (favorecido por suas pernas longas e por um algoritmo que lhe permitiu imitar o modo como humanos correm uma maratona) teve o tempo de 2 horas e 40 minutos.
O vencedor masculino da prova fez o percurso em 1 hora e 2 minutos.
Para os chineses, apesar das dificuldades de trocar a bateria por três vezes durante a prova, foi a primeira vez que a robótica alcançou feitos esportivos.
A China espera que o investimento em indústrias de ponta, como a robótica, ajude a impulsionar seu crescimento econômico. No entanto, alguns analistas questionam se a participação de robôs em maratonas é realmente um indicador confiável de seu potencial industrial.
O software que permite que robôs humanoides corram foi desenvolvido há cinco anos.
Não seria, portanto, possível imaginar, num horizonte de talvez dez anos, a aplicação desses robôs em fábricas ou, mais impactante, em operações terrestres de guerra?