A postura brasileira nos primeiros anos da Primeira Guerra Mundial foi de neutralidade, mas, diante dos ataques contra navios brasileiros e por conta da pressão popular e diplomática contra a Alemanha, o Brasil declarou guerra à aliança germânica em 26 de outubro de 1917, no penúltimo ano da guerra, em declaração assinada pelo presidente Venceslau Brás.
A participação do Brasil foi limitada, uma vez que o país não possuía recursos bélicos para a complexidade daquela guerra. Por essa razão, a contribuição brasileira envolveu alguns poucos meios navais no Atlântico e o fornecimento de produtos estratégicos aos Aliados da Tríplice Entente (Inglaterra, França e Rússia).
O objetivo do Brasil nessa guerra foi proteger dos alemães os navios aliados no Atlântico, e, para isso, sete navios foram empregados: dois cruzadores, quatro contratorpedeiros e um navio auxiliar.
Durante a participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial, a atuação mais efetiva ocorreu quando grupos foram enviados para lutar ao lado das tropas francesas e britânicas na frente ocidental e na região da Jutlândia.
Ainda que com efetivos reduzidos e com participação breve na I GM, brasileiros acabaram vítimas da gripe espanhola, que, àquela altura, já se espalhava pelo continente europeu.
Com o fim da guerra, o Brasil recebeu navios alemães como forma de indenização por seus navios afundados antes de sua entrada no conflito.
Como consequências dessa participação, houve o fortalecimento da política externa brasileira, o crescimento da Marinha, o estreitamento de laços com os Estados Unidos e a participação na Liga das Nações.
Isso foi há 107 anos, mas é importante ser lembrado para nos servir de alerta, pois a guerra revelou o então atraso político e econômico do país em relação ao cenário internacional e que poder militar não se improvisa.
