Cunha Couto

Gestor de Crises

Bebê Reborn

CCBlog293

Raramente abordamos as crises pessoais, que também são significativas.

O comportamento de pessoas tratando bonecas hiper-realistas como se fossem crianças de verdade parece nos remeter a uma crise pessoal.

Esses bonecos ganharam popularidade mundial, atraindo desde colecionadores de arte até pessoas que se valem da conexão emocional que esses bonecos podem proporcionar, a um custo que pode chegar a dez mil reais.

Na verdade, os bebês reborn não são de hoje, pois começaram a ser produzidos nos anos 90, quando artistas decidiram transformar bonecos tradicionais em obras hiper-realistas.

Só que, com a popularidade desses bebês, também surgiram debates sobre o impacto psicológico dessas criações, especialmente ao substituírem interações humanas reais.

Por essas razões, há os que questionam adultos brincando de bonecas e os que entendem que o brinquedo pode ter benefícios à saúde mental pelo impacto emocional e terapêutico, em especial quando utilizados em casos de luto, infertilidade ou como companheiros afetivos.

É algo, pois, que nos remete a visões de realismo e de emoção envolvidos nesses “cuidados”, mas também aos alertas de quando há algo errado e, nesse caso, estamos diante de uma crise.

Segundo especialistas, o limite entre hobby e problema de saúde está na frequência, na intensidade, na distorção da realidade e no impacto na vida e na rotina da pessoa, quando chega a não mais distinguir o cuidado fantasioso do da realidade.

Fato é que esse “bebê” ganhou espaço até em equipamentos públicos, e, recentemente, os “reborns” adultos, com expressões faciais e até fala, começam a circular.

Portanto, bebês reborn são mais do que simples bonecos; além da expressão artística, há a emocional que conquistou muitas pessoas, pois, embora não substituam um bebê real, eles oferecem conforto para fugir de sentimentos como solidão ou tristeza.

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