Cunha Couto

Gestor de Crises

A crise da Covid-19 e o exemplo de civismo dos profissionais da linha de frente

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Um dos conceitos de Civismo de que mais gosto é o que se refere a práticas quotidianas, ou seja, ao comportamento do dia a dia e à forma como os cidadãos contribuem para o bem estar individual e coletivo.

E se olharmos quais são os fundamentos para uma vida coletiva, visando preservar a sua harmonia e melhorar o bem estar de todos, encontraremos: zelo em contribuir para o interesse público, respeito pelas instituições e respeito pelas responsabilidades e pelos deveres do cidadão.

O que mais fica no nosso imaginário como exemplo de civismo é o patriotismo, aquele sentimento de orgulho, amor e devoção à pátria, aos seus símbolos e aos seus heróis. Sentimento infelizmente ideologizado nos dias de hoje.

Mas há muitos e muitos heróis que nunca foram nominados pela História, estando, entretanto, todos incluídos na homenagem ao “Soldado desconhecido”.

Assim também devemos render homenagens aos heroísmos anônimos do dia a dia dos que estiveram e que estão na linha de frente do combate à Covid-19: médicos, enfermeiros, biólogos, cientistas, socorristas, motoristas, entregadores de aplicativos, entre tantos.

Trata-se do caráter altruístico do civismo. Aqui estamos falando de pessoas que têm a característica de realizar ações pensando no bem-estar das pessoas ao seu redor.

Numa pandemia, como a que ainda estamos vivenciando, o civismo altruísta é indispensável para o cuidado com o próximo, pois nos remete a uma dedicação desinteressada, visando à felicidade coletiva.

São exemplos de atitudes altruístas numa pandemia usar máscara e observar o distanciamento social (cooperação com os demais cidadãos sem considerar interesses particulares); ficar em casa, quando contaminado, para evitar o colapso ao sistema de saúde e todos se vacinarem com o propósito de reduzir o risco de aumento de casos com quadro grave.

Na Covid-19 tivemos duas importantes práticas contra tudo o que falamos até agora: as desinformações e o uso privado em detrimento do público.

De ‘tratamento precoce’ a ‘máscaras que fazem mal’, a desinformação foi constantemente alimentada na pandemia, inclusive por autoridades públicas.

Nesse caso, o risco maior não é o de acreditar no falso, mas parar de procurar o que é verdade e acabar com a análise crítica, levando ao descrédito das instituições.

Quanto ao privado em detrimento do público, um exemplo foi o de pessoas que desrespeitaram a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção como medida de enfrentamento da pandemia, transitando nas ruas como se estivessem na própria casa.

Como mensagem final, recordemos que, quando a humanidade teve a consciência do “Eu”, houve a necessidade do respeito mútuo, do respeito ao outro. Por isso, civismo, numa pandemia, é principalmente dar sentido à vida!

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