A imigração é um dos temas mais debatidos no cenário global atual. Em meio a crises econômicas, políticas e sociais, os imigrantes frequentemente se tornam alvo de discursos polarizados. De um lado, há quem veja a imigração como uma ameaça à estabilidade e à identidade nacional. Do outro, muitos defendem que os imigrantes são essenciais para enfrentar os desafios demográficos e econômicos do futuro. A seguir, exploramos esses dois lados da questão.
Crise
Vejamos o exemplo de ódio, irracional muitas vezes, alimentado pelas redes sociais contra os imigrantes. Foi notícia, no Reino Unido, o assassinato de três crianças a facadas, com a informação de que o autor do crime era um imigrante muçulmano. Isso gerou grandes manifestações de grupos contrários à imigração, espalhando violência apoiada em xenofobia. O assassino, na verdade, não era imigrante nem muçulmano.
Esse ódio, vale recordar, já havia sido manifestado na campanha pela saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit, em que ser contra os imigrantes, então aceitos pelos países daquele bloco, era uma das justificativas.
Do outro lado do Atlântico, em campanha, Trump propaga que os imigrantes são “animais”…
Solução
Relatório sobre perspectivas para a população mundial divulgado pela ONU mostra que cerca de 50 países necessitarão da imigração para atenuar o declínio de suas populações devido ao envelhecimento e às baixas taxas de natalidade.
No curto prazo, atrair imigrantes, especialmente para trabalhos que ninguém quer fazer, é a solução para esse declínio populacional até que campanhas de aumento de natalidade surtam efeito.
Segundo o relatório, o Brasil não está muito longe disso, pois seu pico populacional deverá ocorrer daqui a 30 anos.
Portanto, o mundo precisa de mais imigrantes e de enfrentar essa questão sem preconceito. Cabe a todos nós evitar que esse ódio aos imigrantes, que é irracional, prospere, o que passa, também, pela crítica às informações extremistas que circulam pelas redes sociais, que não criam o ódio, mas ajudam a divulgá-lo.