Durante o Diálogo Shangri-La, evento que reuniu representantes da área da segurança de diversos países da região da Ásia-Pacífico, realizado em Singapura, o ministro da Defesa japonês, Kihara Minoru, e seu homólogo sul-coreano, Shin Won-sik, concordaram em retomar o intercâmbio entre oficiais de Defesa de alto escalão, suspenso há seis anos.
Esse pacto de Defesa, simples em sua forma, representa um avanço significativo nas suas relações bilaterais, com implicações estratégicas e influenciando a dinâmica da relação desses países com a Coreia do Norte, na verdade o objetivo maior do acordo.
As tensões entre Coreia do Sul e Japão remontam à II Guerra Mundial, envolvendo disputas sobre compensação por abusos japoneses, e essas tensões se intensificaram em dezembro de 2018, após um incidente no Mar do Japão envolvendo uma aeronave de patrulha da Força Marítima de Autodefesa do Japão e um navio militar sul-coreano, que apontou um radar de direção de tiro contra ela, desencadeando uma crise diplomática entre os dois países.
Após todos esses anos de tensão, em 2023, o governo sul-coreano deu os primeiros passos de reconciliação, anunciando medidas para resolver processos judiciais relacionados à II GM, melhorando, desde então, as relações políticas e econômicas com o Japão.
Por outro lado, com a intensificação dos testes de mísseis por parte do regime norte-coreano, a cooperação entre Seul e Tóquio se tornou ainda mais vital, pois aponta para a segurança regional e mundial, que são questões globais que necessitam, cada vez mais, de colaborações.
Portanto, a atual cooperação de defesa entre Japão e Coreia do Sul mostra-se essencial não apenas para conter ameaças da Coreia do Norte, mas também para promover um Indo-Pacífico livre e aberto para todos.
