E, claro, essa aliança provoca preocupações internacionais. Países que sofrem sanções internacionais severas, mas com efeitos não tão eficazes, Pyongyang e Moscou vinham atualizando suas relações bilaterais e intensificando os intercâmbios diplomáticos e econômicos nos últimos meses, culminando na visita de Putin à Coreia do Norte pela primeira vez em 24 anos.
A recepção a Putin foi impressionante, e a visita visava obter mais armas e munições para a Rússia em troca de tecnologia e combustível. Disso resultou a assinatura de um pacto de defesa, em 19/6, que inclui uma “assistência mútua em caso de agressão contra uma das partes”. Os dois países não deixaram claro se a assistência em caso de agressão significaria uma intervenção militar completa, como especificava um tratado entre eles da época da Guerra Fria, que depois foi cancelado.
Nessa cerimônia, Kim Jong-un informou que esse tratado acelera a criação de um “mundo multipolar.”
Já Putin declarou que “não exclui o desenvolvimento de cooperação técnico-militar” com a Coreia do Norte.
Com isso, o Ocidente teme que a Rússia contribua para o programa nuclear norte-coreano.
Claro que Japão e Coreia do Sul são os que mais temem as consequências desse pacto, uma vez que mísseis balísticos norte-coreanos vivem caindo próximos a seus territórios, além da ameaça nuclear.
Nessa busca de novos apoios, Putin foi atrás da adesão do Vietnã, enquanto a Coreia do Sul estuda enviar armas para a Ucrânia. Já o Japão pretende aumentar ainda mais seu orçamento de defesa, o que ultrapassará os limites impostos por sua Constituição.
Aguardemos!