Em uma crise, há ações dos tomadores de decisão que a impactam de tal forma que produzem um ponto de inflexão, em que a polaridade é invertida e o que caminhava para um fracasso se torna um caminho de sucesso. Isso é mais fácil de ser visualizado em guerras, mas não só. Neste mês de junho, há duas datas históricas que nos recordam dessas ocorrências.
6 de Junho
Há 80 anos, o “Dia D”, em que, nesta data em 1944, 150 mil soldados desembarcaram nas praias da Normandia, no primeiro passo de retomada do continente europeu pelas Forças Aliadas. Com o nome Operação Netuno, durante a II Guerra Mundial, o Dia D foi a maior invasão por mar da história. A operação deu início à libertação dos territórios da Europa ocupados pelos alemães nazistas e implantou os alicerces da vitória dos Aliados na Frente Ocidental. Estimam-se as vítimas do lado Aliado, só nesse Dia D, em 10 mil militares.
11 de Junho
Data em que é comemorado o Dia da Marinha do Brasil em lembrança da Batalha do Riachuelo, ocorrida nesta data em 1865, às margens do arroio Riachuelo, um afluente do rio Paraná, na província de Corrientes, na Argentina. O principal comandante brasileiro dessa batalha foi Francisco Manuel Barroso e, pelo lado paraguaio, a esquadra inimiga estava sob o comando de Ignacio Meza. A vitória brasileira em Riachuelo trouxe ao Brasil o domínio das comunicações fluviais e pleno controle sobre rios adjacentes, como o Paraná e o Paraguai.
A vitória brasileira foi um evento decisivo na guerra, sendo considerada pelos historiadores militares como o ponto de inflexão a favor da Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) na Guerra do Paraguai (1864-1870).