Três anos depois dos primeiros sinais e com enormes perdas acumuladas em todo o mundo, ainda estamos convivendo com a pandemia do coronavírus-2, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou, no último dia 27 de janeiro, que tudo indica ser improvável eliminar esse vírus.
Fato é que os danos à saúde e aos sistemas de saúde permanecem, e a Covid-19 continua sendo um estado de emergência.
O que fazer?
Para muitos especialistas, estamos no processo final da transição do vírus, o que viria a ser o passo do pós-crise, em que:
- acompanhamos os processos de “cicatrização” da crise;
- fazemos a saída do “estado de calamidade”;
- redesenhamos ações e políticas públicas;
- vamos flexibilizando medidas restritivas;
- fazemos a retomada da vida normal;
- levantamos todas as perdas/danos e identificamos oportunidades;
- registramos as lições aprendidas com a crise.
É nesse sentido que estão as principais recomendações da OMS: os países devem continuar a vacinar as populações de risco e os governos permanecerem aptos a responder a novos surtos do SarsCov-2.
Em nosso caso, acredito que seja importante manter a comunicação sobre os riscos das variantes da Covid-19, com linguagem apropriada para as diversas áreas do país, como também combater a desinformação, que tanto mal nos causou.
Além disso, é claro que precisamos rever constantemente as avaliações de risco, buscando mitigar o impacto da pandemia, para o que é fundamental apoiar pesquisas para melhoria das vacinas.
Por fim, a Covid-19 nos demonstrou que é uma crise que exige a participação de profissionais de diversas áreas, pois é a única forma de se ter uma visão multisetorial de seus impactos.