É previsível um aumento do tráfego comercial no Ártico, à medida que, além das presenças militares nessa área setentrional, o setor privado busca extrair recursos naturais da região e transportá-los para processamento em seus países.
Isso acarretará o desenvolvimento de infraestrutura comercial na região, que se valerá de rotas cada vez mais facilitadas pelo derretimento do gelo.
A rota que vai do Mar do Norte na Europa Ocidental, ao longo da costa norte da Rússia e depois pelo Estreito de Bering, já é chamada de Rota do Mar do Norte pelos russos.
A essa rota Nordeste se opõe uma Noroeste, atravessando as águas do Canadá e dos EUA (Alasca).
Que nações controlarão essa nova rota comercial?
Sim, porque cada passagem marítima em nosso planeta tem um controlador (que regula o tráfego e realiza inspeções), bastando citar, para lembrar alguns: o Canal de Suez, o Canal do Panamá, o Cabo Horn, o Estreito de Malaca e o Estreito de Gibraltar.
A região do Ártico abrange não apenas o gelo congelado na parte mais setentrional do globo, mas também se estende por várias nações: Canadá, Estados Unidos (Alasca), Rússia, Islândia, Dinamarca (Groenlândia), Noruega, Suécia e Finlândia.
Por essa razão, urge que o tráfego marítimo nas águas árticas seja regulamentado e, idealmente, baseado no Direito Marítimo Internacional.