Conflitos entre forças políticas de esquerda e de direita se intensificam em nosso subcontinente, com distúrbios semelhantes.
Na Bolívia e no Peru há manifestações que estão se tornando violentas.
Na Colômbia, o governo fracassou na tentativa de um cessar-fogo entre guerrilhas, demonstrando que facções armadas ainda resistem em alguns territórios.
No Brasil, tivemos os simbólicos atos contra os prédios sedes dos Três Poderes.
A governabilidade nesses países, portanto, está em xeque, colocando à prova a capacidade desses governos de atender às demandas de suas sociedades e de arbitrar os conflitos existentes.
A esquerda protesta
No Peru, organizações sociais, sindicais e movimentos em favor de indígenas e camponeses iniciaram manifestações contra o governo da presidente peruana Dina Boluarte, empossada por decisão do Congresso, após Pedro Castillo ter tentado dar um golpe de Estado (como Fujimori o havia tentado).
A direita protesta
Na Bolívia, os protestos iniciados em Santa Cruz, Departamento mais rico do país, em dezembro, se intensificaram, depois da prisão do governador Luis Camacho, líder da elite conservadora, acusado de sustentar grupos terroristas que causam distúrbios para enfraquecer o governo.
A Colômbia entre guerrilhas
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou um “cessar-fogo bilateral” com o Exército de Libertação Nacional (ELN), dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e grupos paramilitares. A pausa nos confrontos começaria em 1º de janeiro de 2023 e ficaria em vigor inicialmente até 30 de junho.
Mas o ELN o contradisse dias depois, alegando que não havia concordado com nenhuma trégua.
A solução passa pelo Brasil?
Depois que Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a Presidência, foi gerada enorme expectativa nos países sul-americanos, pela importância que o Brasil tem para a integração do continente.
O primeiro dia de expediente de Lula foi marcado por encontros bilaterais com seus colegas colombiano, Gustavo Petro, e boliviano, Luis Arce e com o presidente do Conselho de Ministros da República do Peru, Luis Alberto Otárola Penaranda, todos países com áreas amazônicas.
Quem sabe, a defesa e o desenvolvimento conjunto da Amazônia, a maior região de floresta tropical do planeta Terra, preservarão não só a região, mas também a governabilidade nesses países em crise?